domingo, 20 de outubro de 2013

Luis Vuitton e Marc Jacobs

Olá leitores!

Para quem é mergulhado neste mundinho chamado moda deve ter visto há umas semanas atrás, alguma manchete sobre a saída de Marc Jacobs da Louis Vuitton, marca da qual foi diretor criativo por nada menos que 16 anos, e com isso resgatou para o mercado de luxo esta grife que conhecemos hoje. E é exatamente isto que vim compartilhar com vocês hoje, um pouquinho deste trabalho. 

A história da marca é de longa data, quando Louis Vuitton foi contratado como ajudante em uma fábrica de baús de viagem, utilizados para mudanças e deslocamentos da alta sociedade. Se identificando com o negócio, resolveu sair para montar sua própria marca, investindo para ter o melhor produto considerando as necessidades da época: produtos para viagem. A grande mudança veio depois de muitos anos quando Bernard Arnault comprou a grife e com ela fundou o grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Henessy), que hoje é o maior conglomerado de marcas de luxo do mundo. E somente em 1996 que as tendências entraram, em parceria com diversos estilistas famosos os quais deram uma repaginada nos acessórios em comemoração aos 100 anos da LV.



Porém as grandes mudanças tiveram início em 1997 com a contratação de Marc Jacobs. Ele ainda era desconhecido, e antes de entrar lá foi demitido por apresentar uma coleção de inspiração grunge, na marca Perry Ellis. No fim, para a Louis Vuitton acabou sendo uma aposta de Anna Wintour (editora chefe da Vogue EUA) que deu certo, pois como diretor criativo, ao longo destes anos estima-se que a marca cresceu 80%
E o que Marc fez para isso? Começou criando, do ponto 0, o prêt-à-porter da marca, com a preocupação de não esquecer o lado comercial. Além de outros itens como sapatos, jóias e relógios.



Feito isso, conforme os anos se passaram conseguiu firmar a imagem da marca, seu logo e cores na cabeça de milhões de pessoas ao redor do mundo, criando filas quilométricas para entrar em uma loja. 
Depois procurou reinventar essa imagem apostando nas parcerias, pois ao convidar um artista renomado para revistar os produtos da marca conseguiu trazer às bolsas clássicas um ar de arte, deixando-as alegres, divertidas, coloridas. Assim agrega valor ao seu produto mais famoso e acaba abrangendo um público alvo, mais jovem, aquele que muitas vezes consome luxo sem saber exatamente o porque, e acha bacana o look hi-low, misturando uma bolsa original LV com uma roupa da Zara.
Há um bom tempo atrás eu já havia feito um post sobre os parceiros, vale a pena conferir aqui!



E os desfiles? Proporcionam um prato cheio ao nossos olhos e despertam a imaginação. No verão 2012 foi um carrossel gigante, com as modelos sentadas nos cavalos em suas poses, e muita meiguice nas cores claras e ar retrô. Já no inverno 2013 foi a vez da locomotiva LV trazer um ambiente de plataforma de estação mesmo, com as modelos saindo do trem, e as roupas fazendo jus ao tema, outra curiosidade é que elas não carregavam as bolsas, mas deixavam isso para os carregadores de malas.
Além destes já apareceram também, fontes, elevadores, escadas rolantes, neve... E neste último desfile de despedida, Marc conseguiu reunir um pouco de tudo isso, com gostinho de quero mais!



Completando os desfiles temos as campanhas publicitárias sempre com mulheres famosas clicadas por experts, que acabam resultando em uma boa aceitação do público. 
E finalmente o documentário que traz um pouco destes anos à frente da marca.Vou colocar a primeira parte do vídeo e mesmo estando em italiano, achei interessante observar as transformações tanto em Marc como na LV conforme o tempo vai passando. 



E o que dizer depois de tudo isso?... Marc vai deixar saudades, mas podemos continuar acompanhando ele na sua própria grife. E na LV?... Haja responsabilidade para o seu sucessor! haha 



Um beijo e uma ótima semana a todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário