Hoje é dia de contar história. O era uma vez de dois homens que mergulharam de cabeça nos pés das mulheres, e com muito trabalho são considerados a sapataria mais inovadora do mundo, e aquela com maior faturamento no Brasil, senhores e senhoras eu lhes apresento a história da Arezzo&Co!
Anderson e Alexandre Birman, pai e filho, fundador e sucessor da Arezzo
O nome foi escolhido de forma aleatória, ao buscar no mapa da Itália a cidade escolhida foi Arezzo, na Toscana. E assim a marca foi fundada por Anderson em 1972, quando tinha 18 anos, com seu irmão Jeferson de 21, na cidade de Belo Horizonte, MG.
Neste começo a empresa tinha uma integração vertical, ou seja, fazia tudo na produção: desde desenhos e moldes até a fabricação de calçados masculinos, vendidos para multi marcas. Depois de alguns anos o foco voltou-se para os sapatos femininos, e com a China invadindo o mercado com produtos muito baratos, tiveram que terceirizar a produção em 200 fábricas, e assim investir seu lucro na abertura de novas lojas. E uma das estratégias para se destacar foi lançar várias coleções por ano, e assim estimular os clientes a visitar as lojas com mais frequência.
Enquanto a Arezzo crescia, abrindo franquias em diversas regiões do país e tornando-se uma das maiores varejistas de calçados femininos, com produtos custando entre RS100 e R$250, em paralelo Alexandre (filho de Anderson) criou aos 19 anos sua própria marca de calçados, a Schutz. Ele decidiu investir em um nicho mais seleto e sofisticado, com sapatos em torno de R$300 e exportando metade da sua produção para grandes boutiques internacionais. Então, nesta época havia uma certa concorrência entre pai e filho, pelos modelos usados nos pés de milhões de mulheres.
Os anos se passaram, e em 2007 pai e filho finalmente se reuniram. Isso aconteceu quando o fundo de investimento Tarpon comprou 25% das ações da Arezzo, com o objetivo de leva-la à bolsa. Agora tratava-se de uma companhia, a Arezzo&Co, onde tanto a Arezzo como a Schutz tinham mais chances competitivas no mercado.
A partir daí iniciou-se uma série de estratégias de crescimento, como o lançamento novas marcas a fim de atingir públicos diferentes. Assim, em 2008 nasceu a Anacapri, novamente com nome de cidade italiana, traz um conceito mais jovem, colorido, e casual com modelos sem salto, buscando atingir as classes B e C com produtos na faixa de R$110.
E em 2009, a grife homônima Alexandre Birman, a qual desenvolve produtos artesanais no segmento luxo, para mulheres que buscam exclusividade. Deste modo, seu público se reduz a classe A e preço médio de R$960, também pode ser encontrada em grandes pontos de venda do exterior, ao lado de grifes como Christian Louboutin.
Hoje, somente a Arezzo possui um centro de inovação em Campo Bom, cidade gaúcha próxima a Porto Alegre. Lá, designers desenvolvem cerca de 1000 novos modelos de sapatos por mês, e Alexandre faz a seleção para que cheguem às lojas em torno de 170 modelos.
Acredito que este e outros motivos, levaram Anderson a se afastar da empresa no ano passado, e passar a presidência da Arezzo&Co ao filho. Neste mesmo ano, o faturamento da empresa com suas quatro marcas foi de simplesmente, 1 bilhão de reais! o.O
E quando questionado, Alexandre diz que não faz festa sobre os números e sucesso da empresa, e seu objetivo é ser "A Zara dos sapatos"... E aí, será que está perto?
Deixo vocês com esse maravilhoso vídeo da cadeia produtiva da marca homônima
Au revoir!